sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Felicidade Suprema

Acabo de me deliciar assistindo o último filme de Arnaldo Jabor, A Felicidade Suprema, uma espécie de Amarcord, ou Baaria, reminiscências de sua infância e adolescência, no caso de Jabor, no subúrbio do Rio de Janeiro. Quem acompanha suas colunas em O Globo poderá identificar personagens e cenas as quais, de vez em quando, ele inclui nos comentários. Aqui em seu universo particular, formado pelo pai, aviador da FAB, a mãe, cantora frustrada e forçada a permanecer como dona de casa, segundo os costumes da época e seus avós, onde reluz o avô, magistralmente interpretado por Marcos Nanini, certamente um dos melhores ou o melhor ator brasileiro em atividade. O filme é romantico, lindo, cruel, poético e com um final onde Nanini nos faz despertar os melhores sentimentos de uma bela despedida. E há personagens rápidos, intensos, como o de Emiliano Queiroz, por exemplo. A falta de um maior destaque na imprensa em geral para este filme sensacional chega a ser um absurdo. Jabor é um jornalista polêmico, de opiniões fortes, as quais, quase 100%, compartilho. Mas creio que os que não gostam, se vingam, talvez, relegando o belo filme a uma trajetória meramente comum. Não merece.

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