quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Era uma vez o melhor futebol do mundo

Acabo de assistir à derrota do Vasco, no Chile. Somente as circunstâncias próprias do futebol para garantir mera possibilidade dos brasileiros vencerem. O time chileno é melhor. Muito melhor. Agora, até o orgulhoso técnico da nossa seleção já declara estarmos defasados em relação ao futebol mundial. Inteiramente, eu diria. A culpa talvez ainda seja da derrota de nossa seleção inesquecível em 82 e a vitória em 94. Vieram nossos cabeças de área. Nossa preocupação em defender, destruir, justamente quando nossa melhor qualidade era atacar, criar. O futebol mudou. O Barcelona escalou em seu último jogo, dois volantes na zaga central e de quarto zagueiro (para usar nomenclatura antiga, difícil de entender para os mais novos, outro dia explico). Em artigos, desde que militava na imprensa esportiva, já dizia isso. Quem melhor para sair jogando? O primeiro passe é essencial. Disse o locutor da Globo que o técnico da Universidade Católica do Chile escalou laterais como volantes, dois pontas abertos e muita movimentação. É isso. O jogo ficou mais rápido. O passe, não de curva, espetacular, mas difícil de dominar, mas rasteiro, principalmente na Europa, se tornou preponderante. Drible no momento certo, que digam os jogadores do Barcelona. Os ingleses, com pouco menos talento, fazem o mesmo. A distância entre o último homem de defesa e o último atacante é a menor possível. Todos muito próximos. Era final de jogo e havia dois jogadores marcando os espantados vascaínos. Zagueiros hábeis, rápidos na cobertura. Ataque móvel, trocando de posições com os meio campistas. E marcação. Os zagueiros brasileiros ficam loucos quando são marcados, mas aqui no Brasil, parece vergonha atacante marcar zagueiro. Nossos jogadores de meio campo, quatro, cinco às vezes, não têm habilidade. Nossos zagueiros, mano a mano, apelam para a falta, pois são ruins. Quando La U esmagou o Flamengo no RJ, vi tudo. A distância em que estamos. Atrasados. Violentos. Ruins. Lentos. Fazendo ligação direta. Jogando no erro do adversário. Fazendo faltas por falta de categoria. Os chilenos e muitos outros ganhariam, creio, de todos os nossos times. Até do Santos, creio. Sim, eu também torço por Ganso e Neymar. Acho inclusive que há alguma chance contra um Barcelona menos interessado, preocupado porque está atrás do Real no campeonato espanhol. E o futebol tem suas circunstâncias. Mas mesmo com os dois craques, mais Borges na frente, dois ou três outros, o Santos joga antigo. Beques, armadores e atacantes distantes. E não é falta de preparo físico. Correm muito, mas correm para bater, derrubar. Não correm para trocar passes. Dizem que Messi não é o mesmo na seleção argentina. Não é. Cada argentino pega na bola e quer dar dois, três toques. Messi não joga assim. Fica diferente para ele. Outra velocidade. Outra logica. Coisa antiga. Os campos estão melhores. A bola rola. O passe rasteiro. A posse de bola. O domínio da bola sem medo do adversário, sabendo de sua condição técnica e do deslocamento dos colegas para dar o passe. O futebol ficou mais bonito, veloz, inteligente, com passes e dribles lindos, precisos. Ganso é o único armador brasileiro. Os outros são D'Alessandro, Montillo, aquele do Flamengo, todos não brasileiros. Não temos novos craques. Nossa seleção é ruim, mal conduzida, mal escalada, distante dos primeiros lugares no forum mundial. Nossos times também. É hora de acabar com nossa empáfia de ter o melhor futebol do mundo. Não temos mais.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Mamãe eu quero ir a Cuba e quero voltar

Caetano cantou assim. Hoje está melhor. A revista Leal Moreira me pediu umas linhas e dicas sobre a música de Cuba, a partir do documentário Buena Vista Social Club. É por aí.

Como quase todo mundo, adorei assistir Buena Vista Social Club, o documentário sobre a música, os músicos e alguns lugares maravilhosos de Cuba. Logo na abertura, vem Compay Segundo com seu “Chan Chan” a nos amolecer a alma com seu gingado perfeito. As ruas, os prédios, os carros antigos, me lembrando de uma Belém da minha infância, o velho Bel Air onde eu, Jefferson e Wellington Brasil passeávamos, dirigido por Nelson Lima. As cúmbias, os merengues de Haroldo Caraciollo na Rádio Clube. Uma babá de meu irmão Janjo, cantando a plenos pulmões versões de boleros escandalosamente melodramáticos. Que coisa. Vem Caetano Veloso e nos ensina “Tu me acostumbraste”, de Frank Dominguez, que recentemente, soube ter sido tumulto, na época, por ser uma canção de amor feita por homem para homem. Depois que aqueles barbudos fantasiados de militares tomaram conta, ficaram apenas os ecos das big bands americanas que tocavam nos cassinos. Mas dos ecos surgiram bandas como Irakere, cantores e músicos como Compay, Ibrahim Ferrer, Omara Portuondo, porque é bom dizer, a Educação é muito boa. E não esqueçamos de Silvio Rodrigues, o autor de “Yolanda”, tão propagada por Chico, Bethânia. Em tempos de Google, tente ouvir Bola di Nieve, que tornou célebre “Drume Negrita”. E não esqueçamos de Paquito D’Rivera, que conseguiu sair da ilha e é um dos melhores saxofonistas do mundo, ele que era do Irakere, como Arturo Sandoval, que após longa luta, também conseguiu sair, já ganhou Grammy, gravou até erudito e é um trompetista fenomenal, além de Chucho Valdés, Grammy 2011, com o cd “Chucho Steps”, ao lado dos Afro Cuban Messengers, “Best Latin Jazz Album”. Ufa, esse Irakere, hein? Dos novos, sugiro Gonzalo Rubalcaba e Roberto Fonseca, este último com o cd “Zamazu”, pianista sensacional. E gosto do primeiro disco de Marina de la Riva, brasileira, filha de cubano, que gravou “Drume Negrita”. Há muitos outros bem jovens, inclusive flertando com hip hop, mas não cheguei a me empolgar. Comece com “Buena Vista Social Club”. Já é muito bom.

PARA OUVIR
1. Compay Segundo – Chan Chan
2. Ibrahim Ferrer – Dos Gardênias
3. Ibrahim e Omara Portuondo – Quizas Quizas
4. Silvio Rodrigues – Yolanda
5. Paquito D’Rivera – todo o cd “Mosaic”, com Caribbean Jazz Project
6. Arturo Sandoval – todo o cd “Danzón”
7. Chucho Valdés – todo o cd “Chucho Steps”
8. Gonzalo Rubalcaba – Besame Mucho
9. Marina de la Riva – Drume negrita
10. Roberto Fonseca – todo o cd “Zamazu

sábado, 26 de novembro de 2011

Jimi

Votação na Rolling Stone coloca Jimi Hendrix como o melhor guitarrista de todos os tempos. Concordo. Tenho tentado ouvir alguns dos artistas novos, sobretudo brasileiros e não gosto. Talvez esteja ficando velho, deixando que tudo o que já ouvi se sobreponha às novidades. Li um artigo de Ismael Machado, a quem admiro, louvando Marcelo Jeneci. Já o ouvi. Um disco bom, meramente superior aos outros. Admirei sua doçura, entrevistado por Jô Soares. Ponto. E ponho Jimi para ouvir. Viajo. Estava deitado em meu quarto, descansando do futebol que jogara no Colégio Nazaré, naquela manhã de sábado. Meu irmão Edgar chega da Rádio Clube, onde já trabalhava. Éramos três no quarto, contando com Janjo. Vai em direção ao seu aparelho de som e põe para tocar um disco que havia ganho. "Electric Ladyland". E minha vida nunca mais foi a mesma. Era tudo o que precisava. Até então, ouvia tudo o que meu irmão ouvia. A voz, a música, a guitarra, o arranjo. Adiante estava no Rio de Janeiro, com minha avó. Em frente, Posto 6, Av. Nossa Senhora de Nazaré, havia uma loja antiga, dessas com cabine para ouvir os discos, de madeira escura. E lá ouvi "Are you experienced" e "Axis: Bold as Love". Nas maluquices do Brasil, os discos foram lançados fora de cronologia. Com os Beatles foi a mesma coisa. E veio "Woodstock", no Cinema Olimpia. Assisti sete vezes. O tal hino americano. Era muita coisa, ao mesmo tempo. Guardo até hoje um recorte de jornal com uma radiofoto de Hendrix tocando a guitarra com a língua, algo muito chocante para a época. Para mim. E então meu amigo Ivan Novais era dj da boate "Papa Jimi", na Presidente Vargas, ao lado do Edifício Piedade. Volto do estudo para vestibular, tinha 17 anos e subo na cabine para conversar. Encontro em um bolo de discos um vinyl com a gravação do show que Jimi realizou no Festival de Monterrey, sua porta de entrada nos Estados Unidos. Americano, tendo corrido o país acompanhando figuras como Little Richard, havia tentado a chance em Londres, onde rapidamente se tornou um guitar hero para Beatles, Stones & Cia. E abre o show com "Like a Rolling Stone". E arrasa. Não lembro se simplesmente peguei o disco ou se trocamos por outro. Nunca esqueço. E ouço de vez em quando. Do outro lado era o show de Otis Redding, no mesmo festival. Gravou pouco e no entanto, até hoje ainda há gravações inéditas ou remasterizadas. Um dos melhores é The Bag Rehearsals, creio, ensaios gravados em um cassete que estava em uma bolsa. Há pouco ouvi o disco novo de Leslie West, guitarrista e cantor gordo dos anos 60/70, que no Woodstock era da banda Mountain. O som é o de Jimi, na guitarra. O mesmo padrão sonoro. Sensacional. Há muitos grandes guitarristas e essas votações, por leitores, dependem muito do momento em que são feitas. Penso o momento que vivemos é o de jovens terem acesso a tudo, rapidamente. Ouvem uma carreira inteira em quatro horas e vêm conversar com a gente como se soubessem tudo. Não sabem do tempo que tínhamos, o tempo de ouvir cada disco até que saísse outro. As mudanças nossas e do mundo, nesse ínterim. E a expectativa pela chegada do novo. A escolha de Jimi como o melhor guitarrista de todos os tempos é justa por tudo o que ele fez, mais o sistema de relançamento e lançamento de suas gravações que nunca cessou e a nossa internet que facilitou a busca. Enfim, papo furado este, não?

Jards

Acabo de ouvir "Jards", o mais novo cd de Jards Macalé. Sensacional. Já comentei aqui da minha admiração por Jards Anet da Silva, ou melhor da Selva, ou pior, da Silva. Macalé repassa algumas de suas pérolas com novos arranjos e a participação de algumas figuras como Thais Gulin, Luiz Melodia e Frejat. Suas parcerias com Waly Salomão e Capinam. Eu era bem garoto e já admirava a ousadia de "Gotham City", com o verso "há um morcego atrás da porta principal". Depois ele esteve em "Transa", de Caetano, como instrumentista e arranjador, o que valeu uma briga de longos anos, afinal, seu nome foi limado dos créditos. Os caras foram para o exílio e ele ficou, gravado por Gil, Gal e Bethânia. Experimentava blues, rock and roll. Gravou dois dos discos mais lindos da mpb, o primeiro com Lanny Gordin e Tutti Moreno, dois violões e bateria, rolando jazz, blues, rock, samba, forró, tudo. Depois "a linha da morbeza romantica". ainda melhor. Houve uma fase Moreira da Silva. Sumiu, voltou. Há um dvd com documentário. "Não choro, meu segredo é que sol rapaz esforçado, fico parado, calado, quieto, não corro, não choro, não converso". O "Jards" é simplesmente ótimo. Pena que faltou "quando você passa dois, três dias desaparecida, eu me queimo num fogo louco de paixão". Jards canta como bluesman, tem um violão melódico, cheio de acordes e parceiros como Waly e Capinam. É tudo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Conversa rica

Foi muito boa a "Conversa Barata", que realizamos ontem no Teatro Cuíra. É parte do projeto "Cuíra por Memórias", patrocinado pela Petrobrás através do Ministério da Cultura, Lei Rouanet. Tudo vai desaguar ano que vem em um musical sobre Joaquim de Magalhães Barata. o famoso caudilho que reinou por uns trinta anos no Pará e ao que tudo indica, deixou persistentes sentimentos em muitas pessoas. A "Conversa" tinha por objetivo ouvir histórias, causos do Governador, contados por gente que com ele conviveu. A platéia, considerando a falta do costume cultural que sofremos hoje, foi muito boa. E variada em termos de faixa etária. No palco, José Maria Toscano, que ajudou a organizar; Mizar Bonna, escritora, que vem de uma família ferrenhamente anti-baratista, assim como o jornalista Bernardino Santos; Edson Salame, jornalista, que na época dos últimos dias de Barata, trabalhava como jornalista na Rádio Clube do Pará e o Dr. Aurélio do Carmo, que dispensa apresentações.
Antes da "conversa", foram projetados vídeos sobre o Cuíra e seu teatro e um rápido documentário sobre Magalhães Barata. Subimos ao palco e eu passo a palavra ao Dr. Aurélio, que se diz emocionado, lagrimando, ainda sob o impacto das imagens. E então mergulhamos nos anos 50, alguns acontecimentos de antes, todos pedindo o microfone para falar. Mizar Bonna comenta o que passava por conta da família e também sobre a única derrota de Barata, para o general Zacarias de Assumpção. O Dr. Aurélio pede o microfone e diz que "Barata nunca perdeu uma eleição". Que o general Daltro, que havia presidido a votação lhe contara das irregularidades. Enfim, "Barata nunca perdeu uma eleição". Vem o jornalista Edson Salame e conta que por ocasião da votação para a criação do cargo de vice governador, o PSD, por ser minoria, "convenceu" vários deputados da oposição a votar a favor, ou seja, "comprou" deputados, ao que o jornalista Bernardino Santos protesta: todos, não! O meu pai era deputado e não foi comprado". Ih, e agora? Seguimos conversando e somos interrompidos por alguém da platéia. Um senhor de 94 anos, Aquilon Bezerra, que teve forte vida política, pede a palavra. E logo lhe vem a sensação da tribuna e ele lá, ereto, falando alto, pausado como em um discurso de improviso, defende Barata energicamente. A platéia não queria deixar ninguém ir embora, mas já estava tarde. Haverá outra "conversa". Não sei. Pode ser. Foi ótimo para a platéia. Foi ótimo para mim que agora começo a escrever o musical. Uma conversa riquíssima, essa.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Livros por jornais

Deu hoje no Diário do Pará. Vai sair uma coleção de livros de autores paraenses, publicada pelo jornal. Bastará juntar cupons e trocar pelos livros. É algo feito em todo mundo. Uma estratégia de marketing para atrair mais leitores. A Literatura Paraense agradece. Sem nenhuma política cultural voltada para si, seja federal, estadual ou municipal; relegada a um stand na tão famosa e calhorda Feira Pan Amazônica, que prefere acarinhar nomes indiscutíveis como Veríssimo, agora alguns autores, entre já falecidos e uns três em atividade, terão seu trabalho chegando a um grupo de pessoas que pode até comprar livros, mas duvido que de paraenses. Estes sequer estão nas livrarias ou quando estão, também escondidos. Haverá um caderno explicando o trabalho de cada um e a distribuição de livros.
Elias Pinto me ligou e eu aceitei. Reunirei crônicas no volume 3 de "Crônicas da Cidade Morena", porque considero uma obra mais popular e de mais fácil aceitação. É também um trabalho que não está preso a nenhum contrato com Editora, como os romances e contos, na Boitempo. E claro, como em tudo o que escrevo, Belém.
Obrigado pela lembrança, Elias. Vai ser muito bom.
Ah, ainda não sei muito bem o que fazer com "Ávida Vida", livro com poemas que já está comigo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Você compraria um livro com poemas?

A poesia foi minha terceira expressão na área artística. Já havia escrito minha primeira peça de teatro e encenado também. Já havia me tornado letrista, com alguns poucos parceiros, sobretudo meu pai, com quem fiz o samba enredo "Cobra Norato - Pesadelo Amazônico", para o Império de Samba Quem São Eles. Mas vinha mexendo com alguns pequenos textos, até ler alguns livros de poetas cariocas, os chamados "poetas marginais", que muitas das vezes mimeografavam suas obras e as vendiam em bares da noite do Rio de Janeiro. Me identifiquei com eles. Autodidata no teatro, nas letras e agora na poesia. E os marginais cariocas passavam por cima das regras, das rimas, usavam palavras do dia a dia, gírias, palavrões, enfim, era exatamente aquilo que eu buscava. Reuni meus escritos e mostrei a meus amigos que concordaram. Saiu "Navio dos Cabeludos", com capa de Rosenildo Franco. Depois veio uma fita cassete com o que chamei de "áudio poemas". Nunca ouvi nada parecido. Depois veio "O Rei do Congo", e daí em diante, todos com capas do Janjo, meu irmão. Houve outra fita cassete, "Óleo - porque faz a língua passear no céu da boca" e também "Surfando na Multidão, e "Incêndio nos Cabelos". E então vieram as crônicas, romances, textos de teatro, contos e enfim, "O tempo do cabelo crescer", uma antologia, tipo "the best of", que lancei há um ou dois anos. Ao longo do tempo, em relação à poesia, posso dizer que o interesse, que já não era tão grande, caiu vertiginosamente. Sou frequentador de livrarias e dificilmente os encontro. E me pergunto se alguém, hoje, compraria um livro com poemas.
Sempre agi solitariamente. Não pertenço a grupos. Mesmo o Cuíra, grupo de teatro, nem chega a ser um grupo no que diz respeito a pessoas que estão sempre juntas, conversando e impedindo que outras entrem, emitindo conceitos sobre quem não faz. Na hora de lançar, alguns amigos ajudam, muito obrigado, mas me sinto só, na mesa, aguardando a chegada de alguém para comprar. Comprar? Poesia?
Resolvi reunir os poemas que vinha acumulando. Eles não chegam a fazer um conjunto harmonioso. Antes, juntava palavras interessantes e escrevia em um método muito pessoal, difícil de explicar aqui. Mas juntos, não como antes, apenas juntados, digamos, de alguma maneira, eles se harmonizam no estilo que desenvolvi. A maioria foi feita para os guardanapos do Roxy Bar. Um purista pularia de raiva. Poemas em guardanapos sujos? E daí? Meu estilo, feito um Dom Quixote, tinha a idéia de fazer o poeta, a poesia voltar a ter a mesma popularidade de antes. O poeta como artista pop, o poema como a música pop, em comunicação direta com o público, com os jovens.
O amigo Luiz Braga fez a foto. Meu irmão Janjo, a capa. Floriano Neto, a editoração eletrônica e João Carlos Santos, da Cartopack, imprimiu. Ainda não sei o que fazer. Se distribuo entre amigos ou se deixo alguns na Fox Vídeo para venda. Você compraria um livro com poemas?

Poema do livro "Ávida Vida"

Brilho esmeralda
Cometas diamantes
Céu de brigadeiro
Meu amor goza
E faz do meu corpo um pandeiro

Capa do livro de poemas "Ávida Vida"