terça-feira, 27 de novembro de 2012

Briga entre quadrilhas

Mesmo com as novas e cada vez mais terríveis descobertas sobre os crimes cometidos por petistas no Poder, há espaço suficiente, no noticiário, para a demissão de Mano Menezes no comando da seleção brasileira. Ocorreu em um raro momento em que o time por ele treinado, vinha obtendo razoável performance. O novo presidente da CBF disse que o treinador não havia sido sua escolha, que aguardou o término da temporada futebolística e que pensa na Copa das Confederações, ano que vem. Também não gosto de Mano Menezes. Minhas razões são menos técnicas e mais acusadoras de mais uma ação de quadrilha, visando dinheiro e poder.
Ricardo Teixeira foi procurado pelos "loucos do Corinthians", Ronalducho, Sanchez e outros, para um projeto ambicioso de transformar o "timão" em clube reconhecido internacionalmente, rico e forte. Se Ronalducho fez sua parte, Teixeira fez a sua. Contratou Mano Menezes, que era da turma "mosqueteira" para treinador. Assim, vendeu para a Europa um grande número de atletas do Corinthians, após convocá-los e faze-los jogar na seleção. Já nem lembramos seus nomes, tão medíocres que são. Mais ainda, delegou a Sanchez, ex-presidente do Corinthians, o comando da seleção. Tite, atual técnico do Corinthians, chegou a ser chamado "Homem do Ano", pela revista Alfa. O clube vem enumerando títulos e agora decide o campeonato mundial de clubes em Tóquio. Jogos transmitidos pela tv, álbum de figurinhas, camisas, um trabalho muito bem feito. Na seleção que jogou contra a Argentina naquela pelada em La Bombonera, metade dos convocados era do Fluminense, muito justamente, mas a outra metade era do "coringão". Pera lá. O Corinthians também ganhou um estádio, justamente para ter jogos na Copa, tendo sido desprezado o Morumbi, do São Paulo, por conta de toscos problemas. Até Lula se envolveu.
Mas Ricardo, que recebia sua parte, precisou cair fora. A ameaça clara de prisão fê-lo partir para Miami e deixar tudo nas mãos de seu vice, político das antigas, Marin, ligado históricamente ao São Paulo. A partir daí, em todos os jogos, Lucas, atleta do São Paulo, vendido para o Paris Saint Germain, ao qual se apresentará em janeiro, em transação recorde em euros, nunca foi escalado no time titular, a não ser faltando dez, quinze minutos para o final das partidas. Algumas vezes, foi escalado de ponta esquerda, onde não tem nenhum cacoete. Parecia provocação. E era. Em seu lugar, Hulk, que saiu de Portugal para a Ucrânia, sei lá, em transação também milionária.
Agora veio o troco. Acabou o ano da seleção, acabou Mano, seus ternos bem cortados, sua postura obtida em aulas de como lidar com jornalistas e uma idéia de seleção, que mesmo com erros de escalação, convocações interesseiras e outros, vinha se firmando. Saiu Mano, claro, pediu demissão, também, André Sanchez, o diretor, ex-presidente do Corinthians. Agora, quem manda é a turma do São Paulo. Mas que treinador virá? Todos queremos Guardiola, sabendo que os atuais técnicos brasileiros estão defasados inteiramente. Mas não. Ao que parece, teremos o mais defasado dos defasados, Felipão, no cargo. O mesmo que depois da Copa no Japão, conquistou o vice campeonato da Copa Européia, dirigindo Portugal, dona da sede, foi despedido após poucos jogos do Chelsea e agora, após conquistar a Copa do Brasil, não impediu a queda do Palmeiras à Série B. O resultado dessas "vitórias" é a seleção brasileira?
As quadrilhas brigam, o povo, apaixonado por sua seleção sofre, temos uma Copa pela frente e o que será de nós?

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